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CARTA DOS CINEASTAS IMERSOS 



Nós, imersos no Curso Imersão Audiovisual, realizado de 02 a 07 de abril de 2024, no hotel Denali, cidade de Anápolis, viemos à público apresentar um manifesto do setor audiovisual e cinema incluídos neste projeto de formação e aprimoramento. Depois de quatro anos, tivemos a chance de nos conectar por uma semana enquanto realizadores audiovisuais, do cinema e da comunicação para discutir e formular caminhos, dividir perspectivas e oportunidades, e, por fim, reconhecer nos nossos projetos os benefícios coletivos para o grupo e também para a sociedade anapolina.

 

Depois da pandemia do Covid-19, este grupo movimentou cerca de R$ 3.5 milhões em produções diversas para o setor, seja via mecanismos de incentivo do Poder Público, seja por recursos particulares de parceiros, contratações e encomendas ou investimentos próprios. Um recurso que movimentou mais de 1.200 pessoas entre empregos diretos e indiretos, prestações de serviço e outras colaborações remuneradas. Esse diagnóstico expressa a força da produção cinematográfica anapolina e como ela é relevante para centenas de famílias. 


Uma economia criativa, solidária e que coloca Anápolis na rota nacional do cinema. Isso tudo possui uma potência singular e que pode crescer de forma vertiginosa se houver diálogo e uma construção coletiva para tal. Assim, elencamos 13 pontos que podem transformar o setor, a cidade e as difíceis realidades dos envolvidos nestas produções. Gente que vive nas periferias e protagoniza projetos incrivelmente potentes e cuidadosos com o bem público e o povo. 


Ponto 1 - A valorização dos órgãos públicos e privados aos profissionais locais e de audiovisual ainda é o maior desafio. Dessa forma é preciso fortalecer o setorial de audiovisual dentro do Conselho Municipal de Cultura, ocupando os fóruns que constroem políticas públicas de formação de público, formação inicial em audiovisual e cinema, aperfeiçoamento profissional e fomento. 


Ponto 2 - Ainda há uma cultura de invisibilidade das produções locais e isso precisa ser combatido para que novos produtores não deixem a atividade e para que o setor seja beneficiado efetivamente com o consumo popular das produções. Assim, uma meta precisa ser alcançar os veículos de comunicação para popularizar e potencializar tudo que é construído.


Ponto 3 - Continuar com as ações de formação de público a partir de oficinas e exibições em unidades de ensino.


Ponto 4 - Criar momentos que oportunizem a qualificação da mão de obra em todos os setores do audiovisual. 


Ponto 5 - Criar meios para alcançar as empresas da cidade pensando outros caminhos para patrocínio e fomento.


Ponto 6 - Criar e potencializar janelas de exibição e festivais para a valorização dos artistas locais. 


Ponto 7 - Também o aumento de cotas audiovisuais no fundo municipal de cultura. 


Ponto 8 - Criar um espaço virtual que agregue artistas e produções da cidade de Anápolis partindo do audiovisual.


Ponto 9 - Articular um espaço público de formação onde tenhamos um núcleo de produção digital para uso, consumo e locação.


Ponto 10 - Criação da Escola de Cinema da cidade de Anápolis. 


Ponto 11 - Regulamentar o uso da Sala Pública de Cinema com profissionais dentro da estrutura da Diretoria de Cultura.


Ponto 12 - Lei de Incentivo Municipal estilo Rouanet e Goyazes para permitir através da isenção de imposto o apoio às produções.


Ponto 13 -  Criação de programa de residências e intercâmbio aos realizadores audiovisuais de Anápolis e outras localidades. 


Anápolis, 07 de abril de 2024

  


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